No sábado, dia 15 de abril de 1947, uma mulher chamada Betty Bersinger estava andando com a sua filha de 3 anos pela calçada em Norton. Na área onde ela andava havia um terreno baldio. Enquanto caminhava, Bersinger notou o que parecia ser um manequim. Era branco como giz, cortado ao meio e exibia uma pose lasciva, com as pernas abertas. Sem suspeitar de nada fora do comum, Bersinger caminhou calmamente até a casa mais próxima para usar o telefone e alertar a polícia sobre a sua descoberta. Ela achava que o tal manequim assustaria as crianças a caminho da escola. Não fazia sentido que alguém despejasse um manequim num terreno baldio, e tão perto da calçada. Quando ela entrou em contato com a polícia, Bersinger afirmou: "é melhor alguém vir e fazer algo sobre isso!"
Mas, alguns jornalistas chegaram antes da polícia. Eles ficaram espantados com a visão horrível do que obviamente não era um manequim, mas o corpo de uma mulher. A imprensa da época costumava interceptar a comunicação de rádio da polícia, e era comum eles chegarem as cenas de crime antes. Quando a polícia chegou, um dos repórteres disse: "Nós não poderemos publicar estas fotos."
O corpo de Elizabeth teve o sangue drenado, por isso ela estava tão branca a ponto de ser confundida com um manequim. Seus órgãos internos permaneciam dentro de seu corpo. Seus intestinos tinham sido parcialmente removidos e colocados em baixo dela, sob suas nádegas. O legista disse que existiam indícios de que a mulher havia sofrido tortura por alguns dias. Ela foi queimada com cigarros, golpeada em seus seios e no rosto com uma faca, e uma tatuagem de uma rosa havia sido cortada de sua coxa esquerda. E o mais perturbador, ela tinha o horrível sorriso de Glasgow, ou seja, os cantos de sua boca tinham sido cortados com uma faca para imitar um sorriso, este tipo de corte recebeu o apelido de Sorriso de Glasgow, pois era praticado por gangs de rua em Glasgow, na Escócia. Ela também foi golpeada na cabeça fortemente até que a carne rasgou na altura das orelhas. Sua mandíbula se abriu, enquanto os músculos e tendões foram cortados.
Eventualmente, o legista determinou que a causa da morte era exsanguinação devido ao corte de sua boca e pancadas na cabeça, ou seja, ela havia sangrado até a morte. Uma das possíveis causas do assassinato foi a hemorragia interna em seu crânio, onde ela havia sido espancada com um objeto contundente. Quando foi cuidadosamente dividida na altura da cintura, provavelmente, Elizabeth não estava morta, estava inconsciente, o legista disse que não foi possível precisar se ela já estava realmente morta quando a divisão do corpo foi feita. Foi teorizado que o assassino ou drenou o sangue do seu corpo em uma banheira ou talvez ele tenha sido drenado em um porão.
O ASSASSINO
A polícia especulou que o assassino possuía conhecimento anatômico, já que a separação do corpo de Elizabeth foi feita de forma muito limpa e precisa, uma vez que o corte foi realizado entre as vértebras, e não através delas. Eles teorizaram que o assassino deveria ser um médico ou cirurgião, mas também se pensava que um açougueiro ou um embalsamador fúnebre poderia ser o culpado. A investigação durou meses, com a polícia seguindo todas as possíveis pistas.
Ao todo, eles interrogaram cerca de 5.000 suspeitos e seguiram mais de 10.000 derivações possíveis e 50 dessas pessoas, confessaram, mas, no final de tudo, descobriu-se que todos esses possíveis assassinos, incluindo uma mulher, haviam feito uma falsa confissão. Um proeminente médico chamado George Hodel era um dos suspeitos, assim como Richard Manley, um vendedor, casado, que foi o último homem a ser visto na companhia de Elizabeth no Biltmore Hotel, onde a mulher estava hospedada nos últimos dias de sua vida. Mas, Manley tinha um forte álibi e foi submetido a dois polígrafos em diferentes momentos de sua vida. A primeira vez foi durante a investigação e a última vez aconteceu décadas depois, e Manley novamente passou no teste. A esta altura, descobriu-se que Manley sofria de uma doença mental e ele tinha estado em uma instituição psiquiátrica por vários meses, durante o período do assassinato, logo polícia estava convencida de que Manley não era o assassino.
George Hodel tinha um perfil mais ameaçador. Sua filha de 16 anos o denunciou por estupro, o fato foi tratado apenas como uma "corrupção moral ". O júri considerou que Hodel não era culpado, mais tarde descobriu-se que a sua filha estava grávida dele e fez um aborto. Atualmente, seu próprio filho, Stephen Hodel, acredita que seu pai foi o assassino da Dália Negra e publicou pelo menos um relato do que ele acredita serem conexões indisputáveis entre seu pai e Elizabeth. Na época em que a mãe de Stephen foi questionada, ela ficou perplexa porque a polícia suspeitava do marido e comentou: "Não consigo entender por que você tentaria amarrar meu marido a esse assassinato ou que você ache que ele estava de alguma forma associado a Elizabeth Short." Ela também negou que seu marido conhecesse Elizabeth ou que ela já tivesse visitado a casa dela.
Gordon Fickling foi investigado sobre a morte de Short, mas, como Manley, ele também tinha um álibi muito forte: ele não estava nem perto de Los Angeles na semana em que Short foi sequestrada e morta. Perguntado se ele guardava rancor contra Elizabeth devido ao relacionamento fracassado, Fickling mostrou cartas amigáveis trocadas entre os dois, uma delas havia sido escrita semanas depois dela ter saído de seu apartamento e se mudado para Hollywood. Fickling até emprestou dinheiro para Elizabeth.
Haviam outros suspeitos, incluindo um homem com antecedentes criminais, mas a polícia não conseguiu ligá-lo ao caso. A polícia tinha certeza de que o assassino de Elizabeth era alguém que eles não haviam entrevistado e que havia deixado a cidade e provavelmente o estado no dia em que ele largou o corpo no terreno baldio.
O detetive Hansen e sua equipe trabalharam duro para encontrar o assassino, inclusive investigando serial killers famosos da época, como o Assassino do Torso de Claveland e até mesmo o Assassino do Batom, que já falamos no canal em outro vídeo, mas no final, não havia nenhum prova conclusiva que pudesse liga-los ao caso.
A imprensa transformou o assassinato em um verdadeiro circo para a mídia. Em particular, os jornais informavam falsamente que Elizabeth era uma "prostituta" e que ela só usava roupas pretas e provocantes.
Mas, relatórios alegaram que Elizabeth não era prostituta, ela simplesmente teve muitos namorados ao longo da vida e que não conseguia, por algum motivo, manter um relacionamento fixo por muito tempo. O fato dela só usar preto também é falso e irrelevante.
Como se não bastasse Elizabeth ter sofrido torturas insuportáveis por dois dias, talvez três, sua reputação ficou manchada na imprensa por meses depois de sua morte. Uma ex-colega de quarto, Linda Rohr, colaborou com o falatório: " Elizabeth saía com um namorado diferente a cada noite " , disse ela à imprensa. " Ela sempre estava fora procurando por um encontro. Alguém estava fome e resolveu matá-la."
Phoebe Short chegou a Los Angeles para identificar os restos mortais de sua filha. Ela disse à imprensa que não entendia a publicidade negativa sobre Elisabeth. " Ela era uma boa menina" , disse à imprensa. " Ela estava atuando em pequenos papéis em alguns filmes." Isso era falso, claro, mas era uma informação errônea que Elizabeth escrevera para sua mãe enquanto ela estava em Los Angeles. Elizabeth nunca escreveu sobre seus problemas financeiros, sua fome ou sua solidão em Los Angeles. Ela queria que sua mãe acreditasse que ela estava bem e feliz, e na maioria das vezes, esse era de fato o caso.
MARILYN MONROE
Um boato que Elizabeth Short conheceu e teve um breve relacionamento lésbico com Marilyn Monroe se espalhou décadas depois de seu assassinato. Mas não há evidências que possam comprovar que elas se quer se conheciam, embora seja possível que eles frequentassem os mesmos ambientes luxuosos da época. A polícia perguntou a Anne Toth se ela sabia que sua amiga era lésbica, mas Anne negou, inclusive, ela ficou surpresa com a pergunta. Se Elizabeth fosse lésbica, acredite, eu saberia, disse Anne.
ASSOMBRAÇÕES
Naturalmente, em casos de assassinatos muito famosos, geralmente há histórias bobas de assombrações. Um homem chamado James Ward, disse que encontrou o fantasma de Elizabeth em um elevador em um hotel. Ele alegou que ela era morena e muito atraente. Quando o elevador parou em seu andar, ela ficou imóvel e em silêncio. Ele mencionou o andar dela e o suposto fantasma deixou o elevador. Claro que quando ele olhou de novo, ela se foi. Na manhã seguinte, ele saiu e encontrou um jornal que mencionava o caso do assassinato de 1947. A garota na fotografia, Elizabeth Short, era o fantasma que ele havia visto no elevador.
O assassinato da Dália Negra provavelmente nunca será resolvido. Tanto o assassino quanto Elizabeth Short permanecerão como enigmas na imaginação do público por um longo tempo.
Fontes Consultadas:
Vídeo perfeito como sempre . Informações precisas abordadas de forma inteligente e interessante . Parabéns.
ResponderExcluirnao temfoto de como e esse lugar hoje em dia
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ResponderExcluirnao tem foto de como e hoje em dia esse luga
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